Temos vindo a assistir, ao longo dos últimos anos, à pouca atenção dada por esta Câmara Municipal ao tecido empresarial do concelho da Figueira da Foz, bem como também relativamente a algumas coletividades e associações.
Na Figueira da Foz, a grande maioria das empresas é de tipologia microempresa, sendo sobretudo negócios familiares impulsionados pelos seus empresários, os quais, a muito custo, enfrentam diariamente as vicissitudes do mercado, mas continuando, ainda assim, a laborar, criando riqueza.
Os danos provocados pela tempestade Leslie em muitas instituições, empresas, particulares e coletividades aumentaram consideravelmente o sofrimento de muitos destes empresários e respetivos funcionários, situação agravada pelo facto de, alguns deles, não terem seguros ou os que têm não cobrirem esta adversidade.
Infelizmente, em vez de assistirmos à ajuda imediata à população por parte de todos os serviços da Câmara Municipal, o que temos verificado são repetidas manifestações e ações que configuram manias e caprichos pessoais do Sr. Presidente da Câmara e dos respetivos vereadores.
Infelizmente, a prioridade máxima foi aproveitar a tragédia para “eliminar” árvores saudáveis que estavam situadas em Buarcos, num local onde alguém entendeu que estavam a mais!
Não bastou a calamidade natural, vêm aproveitar a mesma para acentuar o desânimo dos sinistrados do parque de campismo do Cabedelo ameaçando com o fecho do mesmo, revelando falta de respeito para dezenas de famílias que muito têm dado à Figueira da Foz ao longo de tantos anos.
Assim, perante esta calamidade que atravessou de Norte a Sul o nosso Concelho, o PSD da Figueira da Foz entende que a Câmara Municipal da Figueira da Foz deve ter, finalmente, um papel pró-ativo, não podendo continuar expectante e a ficar somente à espera que o Governo tente resolver os problemas.
Infelizmente, o Sr. Presidente da Câmara Municipal, tem apontado as seguradoras e o governo como as soluções para os sinistrados!
Esta posição é lamentável e irresponsável dada a calamidade que se abateu sobre o tecido social e empresarial!
Muitos são os que nem seguros têm, muitos não têm posses para esperar pela morosidade das seguradoras e do Estado!
Até lá perder-se-ão haveres, vontades de retomar atividade e seguramente postos de trabalho!
Noutros concelhos afetados nota-se a posição pro ativa para ajudar e incentivar aqueles que têm de recomeçar de novo!
É INACEITÁVEL o comportamento do executivo!
Exige-se uma atuação rápida!
- Exigimos que a Câmara Municipal articule com o Governo respostas rápidas, porque, como é do conhecimento público, os seguros demoram tempo a ressarcir as pessoas pelos seus danos, sendo necessário, portanto, assegurar linhas de crédito para fazer face aos danos.
- Exigimos que a Câmara Municipal crie um Gabinete de apoio permanente, com horário e funcionamento pós-laboral, com vista a dar o apoio necessário à população, empresas, instituições e coletividades de todo o concelho.
Figueira da Foz, 22 de Outubro de 2018