"Alteração do Regulamento da Biblioteca Municipal Fernandes Tomás
Perante o contexto de Pandemia, houve necessidade de alterar o funcionamento de serviços e equipamentos culturais, tendo em vista evitar situações potenciadoras de contágio. No entanto, tem-se verificado um excesso de precauções quanto à utilização dos espaços culturais do município. Vivemos tempos difíceis, é certo, mas o facto de quase se ter extinta a programação cultural concelhia, tem-nos causado bastante apreensão. Os serviços estão a trabalhar a meio gás, com muito teletrabalho, desumanizando-se os espaços, e desperdiçando tantos recursos humanos qualificados, que porventura também gostariam de regressar, lentamente, à normalidade possível.
Precisamos da cultura, como do pão para a boca. Mesmo em épocas difíceis, o medo não nos pode tolher totalmente os movimentos, nem mesmo o acesso a tertúlias, espetáculos, visitas e exposições. As normativas que levaram ao cumprimento de serviços mínimos dos equipamentos culturais do município, hão de ter um impacto, também ele muito negativo nas pessoas. Se não morrermos da pandemia, iremos morrer por falta de sociabilidade, de evasão, de distração e de fruição do belo… enfim, morremos de tristeza e de solidão, de privação de serviços que nos alimentam o espírito.
Em equipamentos congéneres, noutros pontos do nosso país, a situação é diferente. Retomaram-se os espetáculos, as exposições, as visitas, as tertúlias, com a adequação do número de utilizadores aos espaços. Se num auditório não podem estar 800 espetadores, que estejam 400, 200, ou muito menos, desde que se respeitem as distâncias adequadas. Os cantores, atores, escritores, pintores, dançarinos, etc, estão a passar por uma travessia no deserto, completamente afastados do seu meio de subsistência e da sua paixão. Esta privação é destrutiva para todos.
As medidas foram demasiado restritivas, ao desaconselhar esse tipo de eventos, quando sabemos que esses locais higienizados, constituem uma baixa ameaça para os seus utilizadores. Veja-se as escolas, que continuam a funcionar, com o máximo de precauções, para que o ensino não caia, de novo, na ausência.
Propomos que se reformule o plano de contingência imposto aos locais onde se partilha a cultura, no nosso concelho, para que dentro do possível, começarmos a retomar as nossas rotinas, que tanta falta nos fazem. "
"Alteração do Regulamento da Biblioteca Municipal Fernandes Tomás
Perante o contexto de Pandemia, houve necessidade de alterar o funcionamento de serviços e equipamentos culturais, tendo em vista evitar situações potenciadoras de contágio. No entanto, tem-se verificado um excesso de precauções quanto à utilização dos espaços culturais do município. Vivemos tempos difíceis, é certo, mas o facto de quase se ter extinta a programação cultural concelhia, tem-nos causado bastante apreensão. Os serviços estão a trabalhar a meio gás, com muito teletrabalho, desumanizando-se os espaços, e desperdiçando tantos recursos humanos qualificados, que porventura também gostariam de regressar, lentamente, à normalidade possível.
Precisamos da cultura, como do pão para a boca. Mesmo em épocas difíceis, o medo não nos pode tolher totalmente os movimentos, nem mesmo o acesso a tertúlias, espetáculos, visitas e exposições. As normativas que levaram ao cumprimento de serviços mínimos dos equipamentos culturais do município, hão de ter um impacto, também ele muito negativo nas pessoas. Se não morrermos da pandemia, iremos morrer por falta de sociabilidade, de evasão, de distração e de fruição do belo… enfim, morremos de tristeza e de solidão, de privação de serviços que nos alimentam o espírito.
Em equipamentos congéneres, noutros pontos do nosso país, a situação é diferente. Retomaram-se os espetáculos, as exposições, as visitas, as tertúlias, com a adequação do número de utilizadores aos espaços. Se num auditório não podem estar 800 espetadores, que estejam 400, 200, ou muito menos, desde que se respeitem as distâncias adequadas. Os cantores, atores, escritores, pintores, dançarinos, etc, estão a passar por uma travessia no deserto, completamente afastados do seu meio de subsistência e da sua paixão. Esta privação é destrutiva para todos.
As medidas foram demasiado restritivas, ao desaconselhar esse tipo de eventos, quando sabemos que esses locais higienizados, constituem uma baixa ameaça para os seus utilizadores. Veja-se as escolas, que continuam a funcionar, com o máximo de precauções, para que o ensino não caia, de novo, na ausência.
Propomos que se reformule o plano de contingência imposto aos locais onde se partilha a cultura, no nosso concelho, para que dentro do possível, começarmos a retomar as nossas rotinas, que tanta falta nos fazem. "