Intervenção do Duarte Rodrigues em representação do Conselho Municipal da Juventude nas comemorações do 25 de abril que decorreram nos Moinhos da Gândara:

"Comemoramos hoje 49 anos da Revolução dos Cravos. Com a mesma veio a democracia, a liberdade de expressão e tantas outras conquistas que o 25 de Abril nos trouxe.
Estamos também por isso a apenas um ano de comemorar o cinquentenário da revolução. É já tempo de nos virarmos para o futuro. É já, em minha opinião, tempo de virar o disco dos discursos a elogiar abril, a proclamar abril... Mais que proclamar abril é necessário efetivar e salvaguardar Abril.
A minha geração, ao contrário de uma boa parte das excelências aqui presentes, viveu sempre em democracia.
À minha geração pouco importa discursos eloquentes sobre o 25 de Abril se não virem depois os seus direitos efetivados.
À minha geração pouco importa se têm consagrado na Constituição o direito à habitação se depois Portugal é o país da União Europeia onde se sai mais tarde de casa dos pais.
Para a minha geração não interessa se aderimos à União Europeia em 1986, à época CEE, se depois somos ultrapassados pelos países que entraram em 2004 e se hoje somos o sétimo país com menor PIB per capita da União Europeia.
Para a minha geração pouco importa se temos excelentes universidades se depois quando nos formamos somos muitas vezes obrigados a emigrar.
Já em 1971 Francisco Sá Carneiro dizia: “Pouco importa às pessoas saber que têm os direitos reconhecidos em princípio, se o exercício deles lhes é negado na prática.”
Daí para cá passaram mais de 50 anos e este problema mantém-se.
Aproveito o momento para deixar um apelo a quem nos governa: passem das palavras aos atos e das promessas às concretizações. Porque se o fizerem estou certo de que poderão contar com a minha geração.
Disse."

 


Intervenção do Duarte Rodrigues em representação do Conselho Municipal da Juventude nas comemorações do 25 de abril


Intervenção do Duarte Rodrigues em representação do Conselho Municipal da Juventude nas comemorações do 25 de abril que decorreram nos Moinhos da Gândara:

"Comemoramos hoje 49 anos da Revolução dos Cravos. Com a mesma veio a democracia, a liberdade de expressão e tantas outras conquistas que o 25 de Abril nos trouxe.
Estamos também por isso a apenas um ano de comemorar o cinquentenário da revolução. É já tempo de nos virarmos para o futuro. É já, em minha opinião, tempo de virar o disco dos discursos a elogiar abril, a proclamar abril... Mais que proclamar abril é necessário efetivar e salvaguardar Abril.
A minha geração, ao contrário de uma boa parte das excelências aqui presentes, viveu sempre em democracia.
À minha geração pouco importa discursos eloquentes sobre o 25 de Abril se não virem depois os seus direitos efetivados.
À minha geração pouco importa se têm consagrado na Constituição o direito à habitação se depois Portugal é o país da União Europeia onde se sai mais tarde de casa dos pais.
Para a minha geração não interessa se aderimos à União Europeia em 1986, à época CEE, se depois somos ultrapassados pelos países que entraram em 2004 e se hoje somos o sétimo país com menor PIB per capita da União Europeia.
Para a minha geração pouco importa se temos excelentes universidades se depois quando nos formamos somos muitas vezes obrigados a emigrar.
Já em 1971 Francisco Sá Carneiro dizia: “Pouco importa às pessoas saber que têm os direitos reconhecidos em princípio, se o exercício deles lhes é negado na prática.”
Daí para cá passaram mais de 50 anos e este problema mantém-se.
Aproveito o momento para deixar um apelo a quem nos governa: passem das palavras aos atos e das promessas às concretizações. Porque se o fizerem estou certo de que poderão contar com a minha geração.
Disse."